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Comer melhor não significa comer menos


 

Comer melhor não significa comer menos

Ainda é comum associar uma alimentação saudável a pratos pequenos, porções reduzidas e longas listas de restrições.
Mas comer bem não é sobre comer pouco, e sim sobre comer com mais consciência, qualidade e prazer.

A ideia de que “comer menos é sempre melhor” está ligada a uma cultura de dietas restritivas e a uma mentalidade de punição, que transforma o ato de se alimentar em algo cheio de regras e culpa.
No entanto, nutrir o corpo vai muito além de contar calorias: é sobre entender o que ele precisa, respeitar seus sinais e escolher alimentos que tragam satisfação e energia real.

O que é, de fato, comer melhor?

Comer melhor é um processo de reconexão.
É aprender a respeitar a própria fome, as preferências pessoais e o contexto de cada refeição.
Não existe uma única forma correta de comer bem, porque cada corpo tem sua história, rotina e necessidades.

Quando falamos em qualidade, falamos também em variedade, equilíbrio e presença.
Isso significa incluir alimentos de diferentes grupos, observar o que dá prazer e prestar atenção ao momento da refeição, em vez de comer no piloto automático.

Comer mais também pode ser comer melhor

Muita gente acha que comer bem é excluir, restringir e se proibir de comer.
Mas, muitas vezes, comer melhor significa comer mais do que antes: mais alimentos naturais, mais cores no prato, mais momentos de conexão com o próprio corpo.

Pode significar se permitir uma refeição completa em vez de pular o jantar.
Pode significar adicionar uma fruta, um legume ou uma proteína que antes eram deixados de lado.
E, acima de tudo, pode significar comer sem culpa.

Quando o cuidado substitui a punição

Quando entendemos que o cuidado com a alimentação não precisa vir acompanhado de sofrimento, a comida deixa de ser um campo de batalha e passa a ser um espaço de equilíbrio.
A mudança está em olhar para a comida como aliada, não como inimiga.

Comer bem é respeitar os sinais do corpo, reconhecer a própria fome e a própria saciedade, e dar espaço para o prazer de se alimentar.
É uma escolha que acolhe, não que restringe.

Para refletir

Da próxima vez que pensar em “comer melhor”, pergunte-se:
você está comendo com mais consciência e presença, ou apenas tentando comer menos?

Aprender a se alimentar com mais sentido transforma tudo — o corpo, a mente e a forma como você se relaciona com a comida.

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