Quantas vezes você já disse “na segunda eu começo”?
Talvez essa frase já tenha saído da sua boca dezenas de vezes. À primeira vista, ela até soa como uma promessa motivadora — um jeito de criar um marco no tempo, como se a segunda-feira fosse um portal mágico para uma nova versão de você. Mas, na prática, esse pensamento costuma aprisionar em um ciclo repetitivo: começa com esperança, passa pela culpa, mergulha na restrição e termina no exagero.
O problema não está em querer recomeçar, e sim na forma como você se cobra. A lógica da “perfeição” cria uma armadilha: você se impõe regras rígidas, tenta cumprir tudo à risca, não consegue sustentar por muito tempo (afinal, ninguém é máquina) e, diante da frustração, renova a promessa… para a próxima segunda. Assim, a relação com a comida vai se tornando cada vez mais pesada, distante da leveza que você tanto deseja.
A verdade é que não existe um “dia certo” para começar. Não é a segunda-feira que tem poder sobre você, é você quem pode escolher, em qualquer momento, dar um passo diferente. Cada refeição é uma oportunidade única de alinhar suas escolhas ao que realmente faz sentido para o seu corpo e para a sua vida. Sem radicalismos, sem a lógica do tudo ou nada, sem a expectativa de perfeição.
Experimentar um caminho mais gentil com a comida, e consigo mesma, significa permitir pequenos ajustes no presente, sem esperar pelo “depois”. É olhar para cada refeição como uma chance de praticar cuidado, e não como uma prova de disciplina. É transformar o ato de comer em algo mais livre, humano e conectado ao que você sente, e não apenas ao que acha que deveria fazer.
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